Caso clínico e lições

Yuveika ficou trancada por três dias. Mas não era gripe.

“Ela dizia que era apenas uma gripe forte” 😷, contou a irmã, preocupada. Mas a febre alta 🤒, a palidez 😶 e o sangramento persistente 🩸 denunciavam outra coisa. Aos 19 anos, Yuveika passou por um aborto clandestino 🚫 e tentou esconder de todos. O que a família não sabia é que ela já estava entrando em choque séptico ⚠️🦠.

O que é um aborto? Quais são os tipos?

Aborto é a interrupção da gestação antes da 20ª a 22ª semana, quando o feto ainda não é viável fora do útero. Pode ser:

• Espontâneo: causado por falhas naturais, alterações genéticas ou problemas hormonais.
• Induzido: quando é realizado de forma proposital, podendo ser seguro (em ambiente médico,legal) ou inseguro/clandestino (sem supervisão profissional, ilegal).

Mais de 90% dos abortos acontecem nas primeiras 13 semanas de gravidez.

Três dias antes, ela havia saído sozinha de casa 🏠, dizendo que iria visitar uma amiga. Voltou em silêncio 🤐, trancou-se no quarto 🚪 e evitou todos. A verdade é que, desesperada 😔 com uma gravidez não planejada 🤰, e sem apoio 🤷‍♀️, ela buscou uma solução rápida com uma conhecida que “ajudava meninas” 🕳️. O procedimento foi feito com instrumentos improvisados 🧷, sem anestesia ❌💉, sem orientação ❌📘, sem segurança ❌🛡️.

O que é um choque séptico após aborto?

Quando uma infecção se espalha pelo corpo de forma descontrolada, causando falência de órgãos e risco iminente de morte. Em casos de aborto inseguro, o risco é maior porque:

• Usa-se materiais não esterilizados
• Há risco de perfuração do útero
• Fragmentos fetais ou placentários podem ficar retidos, gerando infecção

Naquela noite, Yuveika teve calafrios 🥶. No dia seguinte, febre 🤒. Depois, dor abdominal insuportável 🤕 e um sangramento escuro, com cheiro forte 🩸🧼. Ela dizia que era gripe. Mas seu corpo estava implorando por socorro 🆘. O aborto inseguro havia deixado restos no útero 🧬, abrindo caminho para uma infecção grave 🦠. Era o início de uma tempestade silenciosa 🌩️ — um choque séptico se instalava.

Sinais de alerta: quando o corpo grita

• Febre alta persistente
• Dor abdominal intensa
• Sangramento vaginal fétido
• Confusão mental ou delírio
• Batimentos acelerados, pressão baixa

Esses sinais podem ser confundidos com outras doenças, e por isso muitas mulheres não buscam ajuda a tempo. Como Yuveika, que esperou três dias e chegou ao hospital desidratada, com sinais de falência renal e hipotensão grave.

O que aconteceu com Yuveika?

Foi internada em UTI. Recebeu antibóticos intravenosos, suporte com vasopressores e precisou de uma curetagem de urgência. Por sorte (e por rapidez da equipe), sobreviveu. Mas poderia não ter tido a mesma sorte.

🧠 O que aprendemos com esse caso?

• • O aborto clandestino representa um grave problema de saúde pública.

  • Medo e culpa, muitas vezes, são mais letais do que a própria infecção.

  • Inúmeras jovens enfrentam essa realidade em silêncio, sem apoio algum.

  • É urgente abordar o tema com empatia, ciência e zero julgamentos

Como prevenir esse desfecho?

• Acesso a métodos contraceptivos eficazes
• Educação sexual em casa e nas escolas
• Opções legais e seguras para interrupção da gestação quando necessário
• Suporte emocional e acolhimento, não julgamento

O que fica…

Talvez você conheça uma Yuveika. Ou talvez você já tenha sido uma. Se esse texto te tocou, compartilhe. Vamos quebrar o silêncio que tantas vezes é fatal.

💬 Já conheceu alguma história parecida? Conta nos comentários. E se quiser continuar lendo sobre gravidez e saúde reprodutiva, veja também: Como prevenir a pré-eclâmpsia