
Corioamnionite e escolhas difíceis
“Solange era organizada, prática 🗂️. Do tipo que anota tudo em cadernos 📒 e lê as bulas dos remédios até o fim 🔍.
Esta era sua primeira gestação, e aos 26 semanas e 6 dias, ela já imaginava o nome ✨, o quarto 🎀, os primeiros passos 🐾.
Mas a medicina tem sua própria forma de lembrar que o tempo nem sempre obedece o coração 🕰️💔.
A história dela começa com um pequeno alerta ⚠️… e termina com uma decisão que ninguém queria tomar.”
Na semana 26, numa quarta-feira qualquer 📅, Solange sentiu algo diferente.
Uma dor que não era bem dor 🤕. Um peso. Um medo que nem ela sabia explicar 😟.
Foi ao hospital 🏥 e, por precaução, ficou internada 🛏️.
“Talvez seja só uma ameaça de parto prematuro”, disseram.
“Vamos observar.”
Ela aceitou.
Observou 👀.
Esperou ⏳.
E então… a bolsa rompeu 💧.
🔹 1. O que é corioamnionite e por que ela pode ser tão perigosa?
A corioamnionite é uma infecção das membranas que envolvem o bebê no útero. É como se o escudo protetor começasse a falhar — silenciosamente.
No caso de Solange, tudo começou com uma ameaça de parto prematuro. Um leve incômodo, depois a ruptura da bolsa amniótica antes do tempo. E então, os exames começaram a gritar o que o corpo ainda sussurrava.
🧠 Curiosidade médica: Em muitos casos, a corioamnionite está presente mesmo sem febre ou sinais clássicos. Por isso, atenção aos marcadores laboratoriais é fundamental.
🔹2. Como essa infecção chega até o bebê?
Geralmente, os germes sobem da vagina e vão até o útero, infectando a bolsa amniótica onde o bebê está.
Do lado de fora, parecia calma 😐.
Mas por dentro, Solange começou a fazer contas, imaginar cenários 🧠📉, se perguntar se tudo ficaria bem 🤔💭. A bebê ainda era tão pequena… caberia em duas mãos 🤲👶. Os exames começaram a mudar 📋⚠️.
O número de leucócitos, aquelas células de defesa 🛡️, começou a subir 📈.
A proteína C reativa, que mostra inflamação no corpo, também 🔥.
Era como se o corpo de Solange estivesse tentando dizer algo… gritar 🗣️.
O nome desse grito? Corioamnionite — uma infecção nas membranas que protegem o bebê 🦠🫧🤱.
🔹 3. Como os médicos chegaram ao diagnóstico?
A equipe sabia que algo estava errado, mesmo sem todos os sinais tradicionais. O que levantou o alerta:
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Leucócitos aumentados, que seguiram subindo com o passar das horas
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Proteína C reativa (PCR) acima do valor de referência
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Ruptura prematura das membranas (RPM) confirmada
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Ausência de febre, mas taquicardia fetal e contrações prematuras presentes
Foi assim que a suspeita virou diagnóstico: corioamnionite clínica.
🔹4. O bebê sente dor se tiver corioamnionite?
O bebê não sente dor como a gente, mas pode ficar estressado, com batimentos rápidos ou até sofrer complicações se a infecção for forte.
É uma palavra difícil 🤯. Uma dessas que parecem sair de livros de medicina empoeirados 📖🧪. Mas para Solange, significava apenas uma coisa: perigo ⚠️. E aí veio a conversa mais difícil de todas 🧑⚕️💬😔.
O parto precisava acontecer.
Mesmo com apenas 26 semanas 🗓️. Mesmo que ninguém estivesse pronto. Mesmo que o bercinho ainda não estivesse montado 🧸🛏️.
🔹A decisão que ninguém quer tomar
Os exames mostravam risco para a mãe. O tempo corria, mas a infecção corria mais rápido.
A equipe optou por interromper a gestação de forma segura, levando em conta o binômio materno-fetal. O parto foi realizado e nasceu uma menina viva, com 1.040 gramas, APGAR 1-5. A recém-nascida foi imediatamente encaminhada para a UTI Neonatal.
🔹5. O que poderia ter acontecido?
🩸 Para a mãe:
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Atonia uterina: o útero pode perder a força para se contrair após o parto, dificultando a recuperação.
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Hemorragia pós-parto: sangramento intenso que exige atenção médica imediata.
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Endometrite: infecção no revestimento interno do útero, comum após partos complicados.
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Choque séptico: quando a infecção se espalha pelo corpo, afetando órgãos vitais.
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Distúrbios da coagulação (CID): o corpo perde a capacidade de controlar sangramentos.
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Tromboses e embolia pulmonar: formação de coágulos que podem atingir os pulmões.
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Risco de morte materna: em casos graves e sem tratamento oportuno.
👶 Para o bebê:
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Parto prematuro: muitas vezes, é necessário antecipar o nascimento para proteger ambos.
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Morte fetal intrauterina: quando o bebê não resiste à infecção ainda no útero.
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Asfixia neonatal: falta de oxigênio durante ou após o parto.
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Hemorragia intraventricular: sangramento no cérebro, mais comum em prematuros extremos.
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Paralisia cerebral: pode surgir como consequência de infecções e falta de oxigênio.
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Infecção neonatal: o bebê pode nascer já infectado, exigindo cuidados intensivos.
…con 1.040 gramas. Viva. Frágil. Feroz. O APGAR foi 1… depois 5.
Ela chorou. E todo mundo respirou.
Solange não lembra direito do que disseram naquela hora. Mas lembra do vidro da UTI neonatal, da incubadora, da respiração mecânica.
E lembra da primeira vez que viu sua filha e pensou:
“Ela chegou antes da hora, mas veio com toda a força do mundo.”
🔹🔹🔹
“Algumas histórias não terminam com aplausos. Terminam com respiração artificial, incubadoras e esperança frágil como a pele de um prematuro.”
Solange, agora mãe, olha sua filha através de um vidro e repete:
“Ela vai lutar.”
💬
“Se essa história tocou você, compartilhe com uma futura mamãe ou com colegas da área da saúde. A corioamnionite pode parecer invisível, mas quando identificada a tempo, pode salvar vidas.
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